A decisão de alguns membros do Conselho Municipal de Educação de Palmeira causou revolta na secretária de Educação que postou um desabafo numa rede social. Até aí tudo bem. O problema é que a secretária Lidia Mayer de Freitas fez duras críticas àqueles que ela considerou terem votado contra um projeto da atual administração - o de unir duas escolas da cidade (Jesuino Marcondes e Imaculada Conceição), com interesse em prejudicar os alunos e suas famílias.

O texto é ácido, e acabou despertando um debate intenso nas redes sociais e um burburinho nas rodas de conversa da cidade. Citando representantes do Conselho Tutelar, do Colégio Sagrada Família, Instituto Histórico, da Loja Maçônica local, Observatório Social e alguns pais presentes ao evento, ela deixou ver que a reunião do Conselho teve nuances políticos ao afirmar que "vivemos um momento dentro da Educação onde profissionais disputam espaço e nomenclaturas, onde a razão humana dá espaço à mediocridade de oposições, onde a Educação ainda não é prioridade..."

Pouco tempo depois da postagem, dezenas de comentários começaram a ser colocados. Algumas pessoas nem estavam conseguindo entender o motivo da confusão.

A situação se deu porque a administração municipal quer unificar duas tradicionais escolas do município: a Jesuino Marcondes e a Imaculada Conceição. Esta última deixaria de existir. Uma das justificativas é o fato do prédio centenário não apresentar mais condições ideais para comportar uma instituição de ensino e colocar em risco a segurança dos alunos, até porque, está situada ao lado da Delegacia local, o que vem sendo alvo de críticas há muitos anos. Por várias vezes o Poder público anunciou a construção de uma nova delegacia, em local mais afastado do centro, mas nada foi feito.

Diversos profissionais que se sentiram ofendidos pela postagem, procuraram o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais a fim de ajuizar ação contra a secretária. A assessoria jurídica, no entanto, informou que os procedimentos, neste caso específico, não são os de uma ação a ser movida pelo Sindicato, que representa uma classe, mas deu todas as orientações a respeito dos procedimentos que poderão ser adotados.

Abaixo o texto publicado pela secretária de Educação: